Meritocracia e Humanismo nas Democracias
Entre a possibilidade de todos termos sido livres de fazer as escolhas que hoje em dia fazem parte do nosso dia-a-dia, pois estaremos a viver num sistema democrático com traços republicanos, será natural que todos nós tenhamos o mérito de viver o que teremos sonhado viver. Na verdade nem sempre é possível, dada a explicita exigência de viver a partir da produção das necessidades externas que qualquer comunidade terá necessidade de manter, para manter igualmente a comunidade. Assim poderemos considerar que a domocracia abre as portas para que a meritocracia possa mostrar-se, como efeito dessa mesma liberdade primeiramente entregue ao cidadão, que é base da democracia. Será natural haver uma espécie de controlo e ou necessidade de segurança em qualquer comunidade, pois o problema que cria a necessidade da segurança está focado unicamente na intenção de testar e\ou abusar da fragilidade temporal e espacial de uma ou mais pessoas, num tempo indeterminado e naturalmente, sem aviso prévio. Contudo poderemos suspeitar que a necessidade de quebrar ou violar a estabilidade de outro ser, poderá estar ora no prazer, ora numa necessidade urgente de ramificações diversas como causa da sua existência. Mesmo que ambas sejam consideradas crime aos olhos da justiça, a única que é criminosa é a que provoca danos pelo prazer, sem haver razão nem causa que as motive. Mesmo assim, sendo que ambas são provocações que causam principalmente lesões físicas, são consideradas crime. Poderemos considerar que as lesões emocionais são ignoradas por uma maioria, afinal de contas existem programas de Rádio ou de TV que têm como intenção essa mesma provocação, com situações reais, unicamente para testar e\ou brincar com qualquer pessoa. Mas é aqui que as questões puramente humanisticas, que têm também base na educação social e comportamental, que como será natural, esperam que o contacto físico exista ora por acidente ora por consentimento, pois todos os actos de violência serão repelidos sejam eles porque razões forem! Mesmo assim, por vezes podemos ler notícias de pessoas que terão sido julgadas por terem expressado um adjectivo qualquer dirigido a alguém. Mesmo assim programadas de rádio como na RFM com NILTON, que focam fazer partidas que são claramente feitas para atingir a fragilidade de pessoas vitimas dessas experiências, não são consideradas crime, mas por vezes passam a ser consideradas humor. Poderemos considerar então que testar o espaço intimo de uma pessoa é também uma prova para sublinhar o tipo de pessoas que temos pela frente, as quais por razões óbvias têm as mais diversas respostas sobre a situação que estão a viver. É este tipo de humor que oferece violência gratuita, que poderá chegar a garantir violência física. É este tipo de interacções humanas que em prol de um primeiro exemplo, motivará outros exemplos do género, que não terão necessariamente origem num programa de rádio. O Nilton e a RFM terão o mérito de fazer o que fazem, pois terão escolhido fazer esses programas por prazer e não porque são obrigados, afinal o Nilton é um especialista nesta matéria. Deveriamos agradecer o seu exemplo que naturalmente inspira outras brincadeiras similares. Talvez o humor que tem como principal objectivo testar as pessoas que passam por essas experiências, sejam violações dos direitos humanos, como também podem servir para garantir a seriedade das pessoas que em dada situações transmitem ser. É uma dualidade perigosa a meu ver, mas parece-me que ao estar associada à TV ou a um programa de Rádio, deixam de ser violação dos direitos humanos e passam a ser consideradas humor.
Já que o humor desta natureza tem como resultados óbvios o desligamento completo pelo respeito do próximo, é natural que quase todos os dias apareçam exemplos de violência gratuita como divertimento de jovens que natualmente foram inspirados pela banalização de actos desta natureza.
Uma vez mais, deve-se considerar que como humanos, aprendemos a imitar através das repetições constantes que somos sujeitos. Não sei se este e outros tipos de experiências serão o melhor que temos como portugueses, mas que funcionam, lá isso funcionam!
Repetindo-me, o projecto WorldCleaner é um must urgente nas práticas repetitivas que o humanismo gostaria de cuidar para não perder o seu efeito. Todas as pessoas que trabalham, ora em situação legal ou ilegal, maioritariamente dedica-se a lidar com pessoas. Talvez seja importante sublinhar a importância de todos os comportamentos que têm base no que a Declaração Universal dos Direitos Humanos (Universal… descreveu teoricamente, pois o aumento da violação destes mesmos direitos tornou-se humor e como tal, banalização da sua importância.
Se as sociedades continuarem a evoluir neste sentido, não poderei de algum modo negar a necessidade de uma resposta extrema em todos os sentidos, contra um sistema que afinal de contas, lucra com a prática do que deveria negar e punir há mais de 70 anos!
Os exemplos são às centenas e há alguns que as pessoas chegaram a chorar ou quase terão tido um enfarte!
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